A insatisfação que me toma
Não é nem um terço
De tudo o que veio a tona
Das coisas que trouxe do berço
Continuo vendo
Como as pessoas são
E como sempre vivendo
Da forma mais egoísta, e assim são
Todos querem felicidade
E desconfiam da lealdade
E fazem morrer aos poucos
O que tinham conquistado, serão loucos?
Não sei, no momento
Não estou feliz
Trago comigo um tormento
Que me surge diante do nariz
E só hoje penso sobre meus dias
Que não são muito bons
E agora como angustias tardias
Se fazem de vários tons
Vejo que só abalado
Tenho inspiração
E quando chateado
Ouso em criação
Reparo que a mim
Não agrada muita coisa
E quando por fim
Olho pro poste e vejo uma mariposa
Que voa desnorteada
Assim como eu
Com uma asa cortada
Voa torta no tempo seu
Acho que é decepção
Por confiar nas pessoas
E endureço mais o coração
Mas como já disse:
“As pessoas são apenas pessoas”
Não ando vendo um sentido
Em toda a minha vida
Só sou útil pra ser usado
Ou pisado
Mas minha vida rompida
Se desfaz aos poucos
E já estou meio cansado
De gritar como um louco
Sem tão pouco
Ser escutado
Não sei se o que escrevo
Realmente é coerente
Ou se é apenas mais um calo
Que estourado vive ardente
Não consigo ser alguém
E não culpo ninguém
Pelo fracasso meu
Ou pelo descaso seu
Me faço apenas só
Sem medo de virar pó
Pelo egoísmo
Por isso eu cismo
E agora chateado
Um tanto cansado
Reformulo minha vida
Que um pouco sofrida
Tenta ir um pouco mais além...
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