Repouso aqui
Como se fosse uma
Sombra pra ti
Eu que só queria uma
Queria uma sorte
Sem tentar cair
Ou brincar com a morte
E às vezes subir...
Subir em seus cabelos
Gerar mil imagens
Milhões de herdeiros
Sem fazer contagens
Contagens do sol
Do sol que és em mim
Em prol
Em prol de nenhum fim
Nem fim nem ruídos
De sons e dores
Nem como que surgidos
De “Dores”, horrores...
Acalenta nossos olhares
Milhares de vezes
Em vezes que em luares
Remenda, refaz e rezes
Zele por preces
Que longe ou perto
Às vezes apareces
Em tons de branco e preto
Seduz com fogo e luz
Controla suas ternuras
E sabes que induz
As mais belas torturas
Dizendo o que digo
Com certo grau de fome
De farinha ou trigo
Seu olhar me consome
Confins de meu ruir
Em solo quase novo
Quase sempre a sorrir
Me torno eu de novo...
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O observador – Jardiel Carvalho
Andando pelas ruas
Observo as pessoas
Cada um na sua
Cada um, pessoas
Cada gesto revela um olhar
Cada olhar uma expressão
Como se fosse brotar
Coisa cheia de ódio, dor, paixão
E mesmo quando apressado
Passado, assustado
Coisa estranha se revela
Em cada face, no pé que se atropela
Eu como observador,
Apenas vejo as pessoas irem e virem
E com tom desanimador
Às vezes me cumprimentarem
Penso que talvez seja eu
Só mais um observado
Por alguém que como eu
Se faz de resguardado...
Observo as pessoas
Cada um na sua
Cada um, pessoas
Cada gesto revela um olhar
Cada olhar uma expressão
Como se fosse brotar
Coisa cheia de ódio, dor, paixão
E mesmo quando apressado
Passado, assustado
Coisa estranha se revela
Em cada face, no pé que se atropela
Eu como observador,
Apenas vejo as pessoas irem e virem
E com tom desanimador
Às vezes me cumprimentarem
Penso que talvez seja eu
Só mais um observado
Por alguém que como eu
Se faz de resguardado...
Fluir – Jardiel carvalho
Por dias e meses
Andei sobre este solo
E muitos fregueses
Conquistei em teu colo
E hoje ainda, faço de ti
Caminho corrente de mim
E todo impacto que tento em ti
Tem sempre um começo, um meio e um fim
Reparo que só aos poucos
Intero o que falta nas dores que sinto
E vejo que ao correr como louco
Resguardo o que sinto dentro do seu recinto
O estreito vazio que existe em mim
Se ocupa das luzes que olho em teu céu
Mas sempre ao olhar bem dentro de mim
Me sinto culpado assim como um réu
Senti por anos o que houve
Colhi as fortes dores
E todo o som que se ouve
São partes de pequenos temores
Entre as vidas que cultivas
Tento ser a menos pior
E mesmo em locomotivas
Sei que sou quem é menor
Mas queria que não fosse assim
Queria que cuidasse de mim
E que quando chegasse ao fim
Aqui não fosse tão ruim
Estoquei todo o meu tesouro
Dentro de um pedaço teu
Posso até declarar em coro
O quanto queria ter o seu
O seu respeito e lealdade
De modo tão intenso
E que em cada cidade
Teu teor fosse imenso
Tão maior que qualquer coisa
Que queimasse ou flutuasse
Sendo estrela quando pousa
E barco quando atravessasse
Cada rio ou cada nuvem
Que cortasse ia também
E se qualquer um que ousa
Faça como se facilitasse
Facilitasse a vida, vida vem...
Andei sobre este solo
E muitos fregueses
Conquistei em teu colo
E hoje ainda, faço de ti
Caminho corrente de mim
E todo impacto que tento em ti
Tem sempre um começo, um meio e um fim
Reparo que só aos poucos
Intero o que falta nas dores que sinto
E vejo que ao correr como louco
Resguardo o que sinto dentro do seu recinto
O estreito vazio que existe em mim
Se ocupa das luzes que olho em teu céu
Mas sempre ao olhar bem dentro de mim
Me sinto culpado assim como um réu
Senti por anos o que houve
Colhi as fortes dores
E todo o som que se ouve
São partes de pequenos temores
Entre as vidas que cultivas
Tento ser a menos pior
E mesmo em locomotivas
Sei que sou quem é menor
Mas queria que não fosse assim
Queria que cuidasse de mim
E que quando chegasse ao fim
Aqui não fosse tão ruim
Estoquei todo o meu tesouro
Dentro de um pedaço teu
Posso até declarar em coro
O quanto queria ter o seu
O seu respeito e lealdade
De modo tão intenso
E que em cada cidade
Teu teor fosse imenso
Tão maior que qualquer coisa
Que queimasse ou flutuasse
Sendo estrela quando pousa
E barco quando atravessasse
Cada rio ou cada nuvem
Que cortasse ia também
E se qualquer um que ousa
Faça como se facilitasse
Facilitasse a vida, vida vem...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Costumava ser melhor - Jardiel Carvalho
Costumava ser melhor
Mas com o tempo, perdi meu brilho
Queria que o tempo fosse maior
E que o trem de minha vida, não saísse do trilho
Resguardei-me por anos
E nunca ousei me expor um só segundo
Como um morcego por sobre os panos
Escondi-me em uma caverna, no centro do mundo
Pousei como o vento por sobre a água
Com sutileza para não agitar as ondas
Pois nunca quis causar mágoa
Em quem veio ou foi por estas sondas
Rezei para vencer na vida
Calei para não ser comida
Tentei voltar na ida
Voltei pra não abrir ferida
Costumava ser melhor
Mais calmo e brando
E hoje, estou tão pior?
Venho, pergunto ao teu bando.
Mas com o tempo, perdi meu brilho
Queria que o tempo fosse maior
E que o trem de minha vida, não saísse do trilho
Resguardei-me por anos
E nunca ousei me expor um só segundo
Como um morcego por sobre os panos
Escondi-me em uma caverna, no centro do mundo
Pousei como o vento por sobre a água
Com sutileza para não agitar as ondas
Pois nunca quis causar mágoa
Em quem veio ou foi por estas sondas
Rezei para vencer na vida
Calei para não ser comida
Tentei voltar na ida
Voltei pra não abrir ferida
Costumava ser melhor
Mais calmo e brando
E hoje, estou tão pior?
Venho, pergunto ao teu bando.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Graças a Ti - Jardiel Carvalho
A quem mais se não a ti?
Devemos talvez escrever a homens?
Se tudo fez e nada cobraste
A não ser amor e bondade
Em tudo o que tocas
Faz então maravilhas
Dos insetos as orcas
Deste as mais belas trilhas
Sois pois quem tudo sabe
E o mais simples também
Sou eu não mais um surdo
Pois me curaste tão bem
Hoje de coração
Faço tudo o que posso
Pra ganhar o teu perdão
Faz-me não ter remorso...
Das maldades sofridas
Nada tento lembrar
Pois as flores ainda sementes
Hão um dia de brotar...
Devemos talvez escrever a homens?
Se tudo fez e nada cobraste
A não ser amor e bondade
Em tudo o que tocas
Faz então maravilhas
Dos insetos as orcas
Deste as mais belas trilhas
Sois pois quem tudo sabe
E o mais simples também
Sou eu não mais um surdo
Pois me curaste tão bem
Hoje de coração
Faço tudo o que posso
Pra ganhar o teu perdão
Faz-me não ter remorso...
Das maldades sofridas
Nada tento lembrar
Pois as flores ainda sementes
Hão um dia de brotar...
A ti - Jardiel Carvalho
Todo meu amor a ti dedico
Que sempre me fez sonhar
Que sempre me fez sorrir
E que nunca me deixou a abandonar
Nos momentos de angustia
Fizeste-me acordar
E nas mais escuras tristezas
Sua mão sempre a me levantar
Que nada questiona sobre o meu amor
E que nunca me fez odiar
Em vezes que na dor
Sempre me fez amar
18/04/2005
Que sempre me fez sonhar
Que sempre me fez sorrir
E que nunca me deixou a abandonar
Nos momentos de angustia
Fizeste-me acordar
E nas mais escuras tristezas
Sua mão sempre a me levantar
Que nada questiona sobre o meu amor
E que nunca me fez odiar
Em vezes que na dor
Sempre me fez amar
18/04/2005
Quatro tempos - Jardiel Carvalho
Quanto em quatro tempos?
Tempo sendo em anos ou horas
Se fazem presentes em todos os ventos
Que mesmo cansados fazem bem a ti que choras
Sentido procuras
Encontra mais dúvida
Pois hoje ternuras
Nem sempre cultivas
Em quatro tempos esperei
Quatro vidas vou buscar
Das quatro lutas que travei
Muitas forças pra buscar
Não me faço de perdido
Nem ao menos esquecido
Posso ser um dia morto
Mas na vida fui bem torto
Não esqueças que um dia
Foi criança e eu te ouvi
E hoje crescera, sorria
E faça como a vida viva, vivida, vivi...
Tempo sendo em anos ou horas
Se fazem presentes em todos os ventos
Que mesmo cansados fazem bem a ti que choras
Sentido procuras
Encontra mais dúvida
Pois hoje ternuras
Nem sempre cultivas
Em quatro tempos esperei
Quatro vidas vou buscar
Das quatro lutas que travei
Muitas forças pra buscar
Não me faço de perdido
Nem ao menos esquecido
Posso ser um dia morto
Mas na vida fui bem torto
Não esqueças que um dia
Foi criança e eu te ouvi
E hoje crescera, sorria
E faça como a vida viva, vivida, vivi...
Eu Herói – Jardiel Carvalho
Sou eu, o herói
O que sempre salva o dia
E que sempre dorme cansado, suado, apenas herói
Mas que pra ter uma vida melhor tudo daria
Esqueço-me qual foi minha ultima refeição
Nem lembro o nome de meus pais
Aos poucos fui ficando sem opção
E as pessoas sempre querendo mais
Mais de mim
Mais do que sou
Não vejo um fim
Nenhum fogo cessou
Me pego sempre sonhando com a calma
Mas nunca me vejo vivendo a
Porem sei, que tenho força na alma
E espero o mundo de vida que há
Que há além da minha vida
Onde todos são heróis
Onde tudo tem saída
E onde nada se destrói
Mas esqueço por momentos
E continuo em meio ao caos
Vejo me cair no esquecimento
E me perco aqui no cimento
Será que serei eu mais um prisioneiro?
Só agora me questiono sobre isso
Mas se todos me vêem como um cordeiro,
Porque me dão o compromisso?
Sempre pensei que fosse
Um privilegiado ser
Mas vejo que com toda essa pose
Não sou nada que possa vencer
Sou, pois meu pior inimigo
O maior vilão
Guardado dentro de mim estão comigo
Minhas duvidas e minha insatisfação
Serei eu letal por ser um herói?
Que nada constrói, e que não tem nenhum poder?
Algum poder que destrói?
Destrói sem nenhum medo de perder
Mas também sou meu único ponto fraco
Não consigo ser letal
Nem fazer nenhum mal
Sem querer fazer do mundo um lugar
Onde possa sonhar
Cheio de gente azul, verde, preto e branco
Recuso meu instinto mal
Mas todas as noites ao pensar como sou
Viro sempre herói como tal
E pra luta vou
Sou José, sou João, sou Maria, sou Clotilde, sou Luiza, sou Raimundo
Sou cidadão, trabalhador que vive nesse mundo
Sem ao menos ser lembrado
E mesmo sempre maltratado
Produz, cria, costura, varre, e transporta sua vida em segurança ao seu mundo
Sou eu o herói...
O que sempre salva o dia
E que sempre dorme cansado, suado, apenas herói
Mas que pra ter uma vida melhor tudo daria
Esqueço-me qual foi minha ultima refeição
Nem lembro o nome de meus pais
Aos poucos fui ficando sem opção
E as pessoas sempre querendo mais
Mais de mim
Mais do que sou
Não vejo um fim
Nenhum fogo cessou
Me pego sempre sonhando com a calma
Mas nunca me vejo vivendo a
Porem sei, que tenho força na alma
E espero o mundo de vida que há
Que há além da minha vida
Onde todos são heróis
Onde tudo tem saída
E onde nada se destrói
Mas esqueço por momentos
E continuo em meio ao caos
Vejo me cair no esquecimento
E me perco aqui no cimento
Será que serei eu mais um prisioneiro?
Só agora me questiono sobre isso
Mas se todos me vêem como um cordeiro,
Porque me dão o compromisso?
Sempre pensei que fosse
Um privilegiado ser
Mas vejo que com toda essa pose
Não sou nada que possa vencer
Sou, pois meu pior inimigo
O maior vilão
Guardado dentro de mim estão comigo
Minhas duvidas e minha insatisfação
Serei eu letal por ser um herói?
Que nada constrói, e que não tem nenhum poder?
Algum poder que destrói?
Destrói sem nenhum medo de perder
Mas também sou meu único ponto fraco
Não consigo ser letal
Nem fazer nenhum mal
Sem querer fazer do mundo um lugar
Onde possa sonhar
Cheio de gente azul, verde, preto e branco
Recuso meu instinto mal
Mas todas as noites ao pensar como sou
Viro sempre herói como tal
E pra luta vou
Sou José, sou João, sou Maria, sou Clotilde, sou Luiza, sou Raimundo
Sou cidadão, trabalhador que vive nesse mundo
Sem ao menos ser lembrado
E mesmo sempre maltratado
Produz, cria, costura, varre, e transporta sua vida em segurança ao seu mundo
Sou eu o herói...
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Como Queira – Jardiel Carvalho
Espere que tudo seja como queira
Continue fazendo tudo o que faz
Viva sem eira nem beira
Construa tua vida inteira
Viva segundo seus conceitos
Entre em harmonia consigo
Seja com os outros assim como é contigo
Relate todas as suas idéias sem pretextos
Comece por podar também seus erros
Limpe sua vida
Queira bem, sem ter ferida
Rejeite apenas erros
E quando sentir que não da mais
Prossiga
Mostre suas forças aos demais
Prossiga...
Ame mais para ser amado
Doe mais para ter amigos
E mesmo cansado
Não corte os umbigos
Cultive suas asas
Perdoe pela dor
Fiel és tu que sempre com ardor
Media e aquece as brasas
Cause a sua impressão
Caminhe para derrubar os muros
E não apenas com murmúrios
Cante, dance, e passe com dom de aprovação
Não finja
Seja, seja, seja...
Continue fazendo tudo o que faz
Viva sem eira nem beira
Construa tua vida inteira
Viva segundo seus conceitos
Entre em harmonia consigo
Seja com os outros assim como é contigo
Relate todas as suas idéias sem pretextos
Comece por podar também seus erros
Limpe sua vida
Queira bem, sem ter ferida
Rejeite apenas erros
E quando sentir que não da mais
Prossiga
Mostre suas forças aos demais
Prossiga...
Ame mais para ser amado
Doe mais para ter amigos
E mesmo cansado
Não corte os umbigos
Cultive suas asas
Perdoe pela dor
Fiel és tu que sempre com ardor
Media e aquece as brasas
Cause a sua impressão
Caminhe para derrubar os muros
E não apenas com murmúrios
Cante, dance, e passe com dom de aprovação
Não finja
Seja, seja, seja...
Há uma esperança – Jardiel Carvalho
Hoje penso sobre tudo o que passei, e que o fiz
Não espero ter remorso
E você o que me diz?
Silencio é o que sempre ouço
Não estou conseguindo pensar
Nem ao menos falar...
Sempre ouço a mesma voz
Que martela em minha mente
E então de repente
Ouço outra voz
Que me fala
“É o seu tempo”
E em tudo fico atento
É quem sabe minha ultima serenata
Estou como sempre esperando
Talvez você me ligue
Ou quem sabe me chame
Estarei esperando
Há tempos não sentia tamanha dor
Nem ao menos uma pétala de todo o sofrimento
Apenas durmo...
Durmo com o som da brisa
E com você correndo, em minha mente
Mesmo se acabar o tempo da gente
Espero que não esteja indecisa
No fim da linha
Com o coração cansado, doido e quebrado
Estou sempre na minha, vejo que você caminha
E eu, fico neste mundo quase abandonado
Sei que um dia vamos nos encontrar
Mesmo que longos, ou dolorosos sejam os dias
Mesmo que me doa ao te ver no descanso entrar
Sei que vai ser sublime o dia que as nossas almas irão se juntar...
Não espero ter remorso
E você o que me diz?
Silencio é o que sempre ouço
Não estou conseguindo pensar
Nem ao menos falar...
Sempre ouço a mesma voz
Que martela em minha mente
E então de repente
Ouço outra voz
Que me fala
“É o seu tempo”
E em tudo fico atento
É quem sabe minha ultima serenata
Estou como sempre esperando
Talvez você me ligue
Ou quem sabe me chame
Estarei esperando
Há tempos não sentia tamanha dor
Nem ao menos uma pétala de todo o sofrimento
Apenas durmo...
Durmo com o som da brisa
E com você correndo, em minha mente
Mesmo se acabar o tempo da gente
Espero que não esteja indecisa
No fim da linha
Com o coração cansado, doido e quebrado
Estou sempre na minha, vejo que você caminha
E eu, fico neste mundo quase abandonado
Sei que um dia vamos nos encontrar
Mesmo que longos, ou dolorosos sejam os dias
Mesmo que me doa ao te ver no descanso entrar
Sei que vai ser sublime o dia que as nossas almas irão se juntar...
No Auge – Jardiel Carvalho
No auge de meus pensamentos
Reparo algo muito curioso,
Não sei se por momentos
Mas vejo agora o tal glorioso
Quase não acredito
Agora sei o que era
Ou tinha dito
Eis que se revela
Revela?
Se opõe
De uma cela
Repõe
Repõe as vidas
Refaz estigmas
Diversas saídas
Que outrora surgidas
Surgidas do escuro
Onde estávamos escondidos
Já não estou mais seguro
E nem sei destas vidas
Mas se existem saídas
Por que rejeitar o caminho?
Talvez sejam as feridas
Ou o fim do meu sonho
O silêncio já não me acalma mais
A noite, já não é minha amiga
E as coisas que não faria jamais
Já não são de uma vida antiga
O estranho sentimento ressurge
Algo que antes me era comum
Hoje sinto como um monge,
Que perde seus dons, um a um
Sinto algo estranho
Tenho medo disso
Me sinto estranho
Como se já houvesse visto
E outra vez no auge
No auge dos meus pensamentos
Eis que surge
De novo por momentos
Um pequeno momento
De êxtase e euforia
Sem nenhum motivo
Diferente do que eu faria
E logo some do peito
Acordo e organizo o juízo
Procuro um jeito
Refaço, repenso, organizo
Organizo e durmo de novo
Durmo em minhas idéias
E sonho acordado de novo
Sonho, idéias
Idéias vagas
Que me fogem
A todo o momento, largas idéias
Largas até a margem
Fogem, fogem...
Reparo algo muito curioso,
Não sei se por momentos
Mas vejo agora o tal glorioso
Quase não acredito
Agora sei o que era
Ou tinha dito
Eis que se revela
Revela?
Se opõe
De uma cela
Repõe
Repõe as vidas
Refaz estigmas
Diversas saídas
Que outrora surgidas
Surgidas do escuro
Onde estávamos escondidos
Já não estou mais seguro
E nem sei destas vidas
Mas se existem saídas
Por que rejeitar o caminho?
Talvez sejam as feridas
Ou o fim do meu sonho
O silêncio já não me acalma mais
A noite, já não é minha amiga
E as coisas que não faria jamais
Já não são de uma vida antiga
O estranho sentimento ressurge
Algo que antes me era comum
Hoje sinto como um monge,
Que perde seus dons, um a um
Sinto algo estranho
Tenho medo disso
Me sinto estranho
Como se já houvesse visto
E outra vez no auge
No auge dos meus pensamentos
Eis que surge
De novo por momentos
Um pequeno momento
De êxtase e euforia
Sem nenhum motivo
Diferente do que eu faria
E logo some do peito
Acordo e organizo o juízo
Procuro um jeito
Refaço, repenso, organizo
Organizo e durmo de novo
Durmo em minhas idéias
E sonho acordado de novo
Sonho, idéias
Idéias vagas
Que me fogem
A todo o momento, largas idéias
Largas até a margem
Fogem, fogem...
Aos Palhaços – Jardiel Carvalho
Faço tudo
Mas tudo é nada
Contudo
Penso, reflito, e nada
Marco com caneta vermelha
Risco com lápis azul
Ponho o pão na grelha
E ainda olho pro sul
Remendo com cola
Todos os pedaços
E na porta da escola,
Estão dois mil palhaços
Correndo no escuro
Trazem gargalhadas
Mas logo ali no muro
Recebem mais pancadas
Humilhados, maltratados
Pobres palhaços
Calados, zombados
Juntam seus pedaços
Refazem a piada
De forma mais criativa
E mais uma vez na calçada
Criam expectativa
Agora sorrisos
Aos montes, honestos
Mas antes sofridos
Ecoavam protestos...
Mas tudo é nada
Contudo
Penso, reflito, e nada
Marco com caneta vermelha
Risco com lápis azul
Ponho o pão na grelha
E ainda olho pro sul
Remendo com cola
Todos os pedaços
E na porta da escola,
Estão dois mil palhaços
Correndo no escuro
Trazem gargalhadas
Mas logo ali no muro
Recebem mais pancadas
Humilhados, maltratados
Pobres palhaços
Calados, zombados
Juntam seus pedaços
Refazem a piada
De forma mais criativa
E mais uma vez na calçada
Criam expectativa
Agora sorrisos
Aos montes, honestos
Mas antes sofridos
Ecoavam protestos...
Assinar:
Postagens (Atom)